Automutilação: Alerta se espalha pela Rede Pública de Educação de Três Lagoas 3kv5p

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Automutilação: Alerta se espalha pela Rede Pública de Educação de Três Lagoas
Objetos do cotidiano escolar como estilete, lâmina de apontador e como deveriam ser as ferramentas para o aprendizado; no entanto, para alguns alunos esses instrumentos servem para aliviar suas angústias, medos, tristezas e conflitos. A incapacidade dos adolescentes de lidar com os próprios sentimentos, gera uma situação preocupante nas escolas de todo país, a automutilação. A automutilação é a prática de agredir o próprio corpo, que pode acontecer de diferentes formas. A mais comum é fazer pequenos cortes na pele; mas, a pessoa também pode se bater, se queimar com cigarro, arrancar os cabelos, se furar com agulhas ou praticar qualquer outra autolesão. A Psicóloga Carla Zafelon destaca que a automutilação é um pedido de socorro dos jovens que estão ando por dificuldades psíquica ou emocional. "[...]diante disso ele é incapaz de lidar com essa dor; então, ele vê na automutilação uma tentativa de distrair a dor psíquica que é tão grande" - diz. "Se formos pensar que são mais de 120 casos, são 120 famílias que estão com problemas reais e que podem chegar a um suicídio; não é à toa que a incidência de suicídio também tenha crescido". Em 2017 duas adolescentes de escolas públicas de Três Lagoas tiraram a própria vida através da prática. A situação preocupou o setor de educação do município que denominou o caso como emergente. Somente na Rede Estadual foram registrados 120 alunos com o mesmo problema. No final do ano ado 20 crianças e adolescentes na faixa etária entre 12 e 17 anos de idade procuraram ajuda; no último mês o número cresceu para 27 alunos. "Os números são maiores, porque muitas escolas e famílias se negam a enxergar o problema; aos olhos de quem está envolvido nessa causa, é realmente preocupante" - diz. "Se formos pensar que são mais de 120 casos, são 120 famílias que estão com problemas reais e que podem chegar a um suicídio; não é à toa que a incidência de suicídio também tenha crescido" - completa. A incidência é maior entre as meninas; a psicóloga também revela que houve um caso de criança com 09 anos de idade se cortando na escola e afirma que crianças e adolescentes desconhecem a dimensão do problema. "Eles não têm noção da dimensão dos cortes que fazem - dos ferimentos que provocam neles mesmos e que acontece devido a essa incapacidade de lidar com os sentimentos como a frustração, a raiva, o bullying, a questão da autoestima muito baixa; eles se veem incapazes de lidar com isso e encontram na automutilação uma válvula de escape" - pontua. Plano de ação Com o objetivo de trazer à tona o tema da automutilação entre jovens, um grupo de psicólogos e voluntários criou um projeto de conscientização e encaminhamento dos alunos para um tratamento adequado. O grupo é formado pelas psicólogas: Dinalva dos Santos - Carla Zafelon e Andrea Simões; com as professoras Anecy Faustino - Lourdes Neres e parcerias do farmacêutico Marcos Prudente e da repórter Aurora Villalba. A ideação suicida não é um fenômeno raro na adolescência; de acordo com a Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Vilma Portela, o caso requer atenção especial, principalmente nas escolas. "Gostaria que as autoridades de saúde - em parceria com o setor de educação - olhassem com mais carinho para esses jovens; eles estão precisando de ajuda - e as famílias também". O alerta veio da Escola JOMAP (João Magiano Pinto) onde a diretora Lourdes Alves Neres de Souza notou o aumento dos casos entre os alunos da escola. "Desde 2016 começamos a encontrar alunos se automutilando e com marcas. O aluno relatava estar com problemas em sala de aula; nós conversávamos e descobríamos que ele tinha muitos problemas em casa também e, como fuga, ele se cortava" - afirma. No ano ado começaram a surgir muitos casos; isso porque a escola começou a ter um olhar diferente, identificando os jovens que avam por essa situação. "Em 2017 conseguimos identificar mais de 25 alunos somente no JOMAP. A maioria é do sexo feminino. A escola sempre sabe primeiro que os pais; todos os professores e funcionários já estão atentos a essa situação" - diz. Conforme a diretora, os casos chegaram a um ponto em que a escola não tinha estruturas para atender todos os alunos; e o problema também era reflexo de conflitos familiares. "As escolas estaduais não contam com atendimento de psicólogos. É urgente; as escolas precisam desse setor, porque esses problemas acontecem lá fora, mas é na escola que maioria deles é identificada" - diz. Grupos nas Redes Sociais Grupos de incentivo ao suicídio e automutilação se espalham nas redes sociais. A diretora Lourdes Neres teve o aos grupos no Facebook e WhatsApp através de um aluno que se automutilava. Em uma das páginas, é possível acompanhar as postagens assustadoras e as frases depressivas que incentivam os jovens a se automutilarem nos braços, pernas e outras partes do corpo em que eles possam esconder os machucados. Além disso, incentivam, posteriormente, ao suicídio. Também é possível perceber que a maioria dos participantes do grupo é de meninas de idade entre 11 a 16 anos. Para esses adolescentes, o ato de automutilar serve para aliviar a dor emocional. "A mãe veio até a escola e disse que o filho estava ando pela situação. Ele participava de grupos denominados "Gillete minha amiga" e "Suicidas". No grupo, os membros orientam como deve ser feito o corte e enviam imagens do ferimento que fizeram em si" - relembra. As cenas são impactantes e os comentários dos internautas mais ainda. Alguns confirmam que já fizeram; outros, que vão fazer - em uma sequência de confissões de pessoas que estão ando por graves problemas psicológicos.

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